9.2.09

Comédia del art do rock



Descontrolei todo meu sono este fim de semana. Já não bastasse acordar todo dia meio dia me tornando uma pessoa suspeita e perdendo algumas oportunidades. As idéias vieram todas, este foi o caso. Eu deveria estar comemorando, mas elas vieram em parábolas intuídas. Não conseguia organizá-las e foi imperativo me deixar levar por músicas. O dia chegava e eu dizia a mim mesma: só mais um bônus track. Resolvi não fazer disso um complexo e dei intensa liberdade pro sono; na hora que viesse, eu dormiria. Também não culpei o café, este jorro escuro que faz brilhar todo meu organismo. O resultado foi altamente prolífero, quase gastei um caderno inteiro com o pouco que pude extrair da tempestade. Redescobri o ato de escrever com as mãos e rascunhar. Nos intervalos, entrei em êxtase com Clapton. Layla and other assorted love songs é a melhor versão de todos os tempos de estar apaixonado pela namoradinha de uma amigo meu. Puta merda! Eu tive vontade de gritar. Imaginei-o terminando sua obra catarsiado e intuindo secretamente que depois daquele o golpe de misericórdia seria dado: Pattie Boyd seria dele. Meu príncipe! Encontrei-me totalmente apaixonada, embora ame o dragão da história, George Harrison. Talvez seja porque sou uma Colombina, mais pra Arlequina, vai saber. Dolores Duran passou por aqui e me disse que a solidão ia acabar com ela. Se eu pudesse voltar no tempo, a salvaria com Eric.

Para quem não sabe, este disco de 1970 foi feito quando Clapton amargava uma dor de cotovelo daquelas depois de se apaixonar pela mulher do melhor amigo, o então George Harrison. Pattie Boyd, que estava com o beatle desde a época do iêiêiê depois de ser promovida de groupie a esposa, não foi a culpada pelo fim de uma das amizades mais fecundas da história da música. A coadjuvante foi a musa de um dos melhores discos da história da música.


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