25.12.08
Roleta: apostas no mesmo número de cor diferente
Não quis comentar aqui o disco do Camelo porque achei tão… tão… Bom, é isso que me causa coisas sem gosto. Mas sobre o Litlle Joy de Rodrigo Amarante tenho um pouco mais. Aliás, tenho questões: serão Fabrizio Moretti e Amarante surfistas querendo se dar bem na nova onda folk que invadiu o país? (segundo padrões emetevianos). Talvez não, afinal a turnê começou nos Estados Unidos… Bom, não sei, nem quero saber, sou apenas uma ouvinte e caí de quatro por uma faixa: “dont watch me dance”. Ponto. O resto ainda estou avaliando, porque amor nem sempre é à primeira vista. Por mais estranho que pareça, não foi à primeira vista meu caso com Chico Science. Mas sugiro a experimentação. Não dói uma versão acústica do The Strokes misturado com certos clichês hermânicos. Aliás, sugere um reflexão filosófica: o encontro entre os dois integrantes não teria sido tão fortuito. O casamento é tão harmônico que é surpreendente o quanto as duas bandas tem a ver. Tirando alguns instrumentos e noves fora parece uma coisa só, diferente, mas igual, bem misturinha. Interessante…
Cito ainda Mary Poppins, para quem “basta um pouco de açúcar que pão e água vira chá com bolinho”, com a finalidade de sublinhar a pessoa lindamente inexpressiva da namorada de Moretti, Binki Shapiro.
Façam suas apostas! Torrem e quem quiser poderá ainda conferir ao vivo (embora eu não acredito que eles sejam aquele tipo de banda pra se ver mais do que pra ouvir).
27/01 - Porto Alegre (Bar Opinião)
28/01 - São Paulo (Clash Club)
30/01 - Belo Horizonte (Festival Freegels)
06/01 - Rio de Janeiro (Circo Voador)
21.12.08
Jingle Bells
1. Rockin’ around the Christmas tree – Beatles
2. Have yourself a merry little Christmas – Coldplay
3. In the hot sun of a Christmas day – Caetano Veloso
4. Punk rock Christmas – Sex Pistols
5. Someday of Christmas – Jackson Five
6. Christmas day – Dido
7. Sex baby Christmas mine – Morphine
8. Wonderful Christmas Time – Paul McCartney
9. Christmas wrapping – The Waitresses
10. Jingle Bell Rock – Bobby Helms
16.12.08
10 versões de Fever que você tem que escutar antes de morrer
2. Elvis Presley
3. The Cramps
4. The Kingsmen
5. Peggy Lee
6. Ella Fitzgerald
7. Madonna
8. Sarah Vaughan
9. Sharon Cash
10. Marie “Queenie” Lyons
*Original, primeira gravação em 1956
Fever
Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that's so hard to bear
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night.
Ev'rybody's got the fever
that is something you all know
Fever isn't such a new thing
Fever started long ago
Sun lights up the daytime
Moon lights up the night
I light up when you call my name
And you know I'm gonna treat you right
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night
Romeo loved Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said 'Julie, baby, you're my flame
Thou giv-est fever when we kisseth
Fever with the flaming youth
Fever I'm afire
Fever yea I burn for sooth'
Captain Smith and Pocahantas
Had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said 'Daddy, o, don't you dare
He gives me fever with his kisses
Fever when he holds me tight
Fever, I'm his misses,
Oh daddy, won't you treat him right'
Now you've listened to my story
Here's the point that I have made
Cats were born to give chicks fever
Be it Fahrenheit or centigrade
They give you fever when you kiss them
Fever if you live and learn
Fever till you sizzle
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
15.12.08
A pergunta que não cala
Este era o termo usado nos anos 1950 como abreviação de “modern”. Dizia respeito aos jovens que tinham um estilo de vida que se resumia em vestir ternos de alfaiataria, andar de lambreta e ouvir bandas de garagem britânicas, como The Kinks, Animals e o próprio The Who. Contudo, antes de se acomodar numa posição ou se alienar num tempo, o filme questiona a viabilidade de se estar desligado do sistema político, econômico e cultural. A pergunta fica no ar numa época em que até a liberdade era uma ordem e tomar posição em qualquer situação uma exigência. Trata-se da história de como a máscara “mod” cai quando Jimmy Cooper (personagem principal, encarnado por Phil Daniels) descobre que, embora Ace (seu ídolo, interpretado por Sting) pregasse desapego total da sociedade em favor da filosofia da tribo cultural, trabalha para o "sistema" como mensageiro de um hotel.
Confesso que a documentação sistemática do narcisismo da juventude bretã da era pré-Tatcher torna-se um tanto cansativa no decorrer do filme, mas a estética e a trilha sonora compensam. Além da genialidade do The Who também escutamos na trilha sonora James Brown, Kingsmen, Booker T. & the MG's, The Cascades, The Chiffons, The Ronettes, The Crystals e Cross Section.
A curiosidade fica por conta das duas faixas do High Numbers (Zoot Suit e I'm the Face), que para quem não sabe, foi um pequeno surto de personalidade do The Who, que durou de julho a outubro de 1964. Explico, idéia de Pete Meaden, um mod que foi empresário deles. Ele quis mudar a imagem da banda a fim de relacioná-los ao movimento, mas a idéia não vingou. As músicas compostas por Meaden eram cheias de frases-de-efeito e o grupo perdeu personalidade durante um curto período afim de se reencontrarem a tempo. Penso até que esta experiência deve ter influenciado o questionamento central de Quadrophenia. Enfim, para quem escolhe uma pergunta como nome de banda, o filme e o álbum podem ser considerados um fiel retrato do que venha a ser The Who.
Confiram o álbum de 1973: Torrents aqui.
(Achei a capa lindíssima!)
11.12.08
Solos de guitarra vão me conquistar
Diz o Marcelo Camelo: “…tanto clichê deve não ser…”. E alguns amigos também apostam que o típico e previsível é sinal de que algo não é legal. Misturam estética à vida de forma inapropriada e por isso desconfiam de alguns prazeres fáceis. Eu mesma me incluo neste grupo. Ou melhor, me incluía. E, assim, acabei por perder durante algum tempo da minha vida o prazer de ser uma groupie pelo pior dos motivos: medo do vulgar ou equívocos relacionados a ele.
Amo música - só pra começar a explicar onde quero chegar. E estou falando de rock, jazz, blues, samba e afins. Não estou falando de veludo cotelê, nem de estampa de cobra ou vestuário de vinil.
Amo homens - dando seqüência à minha teoria. E não estou falando de crianças, bezerros ou cadáver.
Logo, não admitir para si mesma que um homem esporrando perfeitamente melodias de uma guitarra não desperta seu desejo sexual é de um moralismo estético ridículo. Aliás, é sintoma de Complexo de Cinderela, que tem pavor de não ser a princesa encantada de um cavaleiro errante. Ou insegurança, pura e simplesmente síndrome de patinho feio. E por fim, se um homem toca Hendrix na guitarra com os dentes não temendo um dos mais velhos clichês do rock’n’roll, FODA-SE! Chegou a hora de atacar de Pamela Miller, que depois de assistir muitos shows do Led Zeppelin sentada sobre os amplificadores de Jimmy Page, de ter trabalhado de babá na casa de Frank Zappa e dormir com alguns dos maiores músicos do século passado, encerrou sua carreira afirmando o seguinte na sua biografia: "eu me considero uma feminista verdadeira do início dos direitos das mulheres, porque estava fazendo exatamente o que queria. Eu amava a música e os homens que a faziam”. E é por aí.
Claro tudo isso esbarra no problema das groupies do mal, que prefiro diferir chamando de tietes. São aquelas que querem ficar com mocinhos de banda porque querem ser tão famosas quanto eles. Então, ao invés de se dedicarem a algum instrumento ou apenas se contentarem com o papel de musas, elas papam as indefesas estrelas com o único intuito de aparecer, nem que seja no cantinho do palco, quase escapando dos bastidores. E o que é pior: banalizam o importante papel das groupies trazendo vários equívocos sobre estas mulheres maravilhosas. Em outras palavras, não confundam Luciana Gimenes com Nancy Spungen, ok?
Eu adoraria contar detalhes para vocês sobre a noite maravilhosa que banquei a groupie. Dos lábios de textura chiclete babaloo rosa e o salgadinho do beijo suado. Mas não posso, apesar da banda ser pequena e desconhecida. Nem é porque meu herói das notas é casado… A falta de holdies fez com que meu doce guitarrista carregasse instrumentos até as oito da manhã e eu não levei aos finalmentes minha fantasia. Uma pena, uma lástima… Faltou mais drogas para me manter de pé. Resumindo então, tributamos Hendrix, idolatramos Chuck Berry e concordamos que Roberto Carlos é rei. Paixão? Só pelo bom e velho rock.
[Foto - Nancy esperando Sid Vicius guardar os instrumentos]
24.11.08
Um certo fim de semana de novembro (15/16)
1. Goldfinger – 007’s soundtrack
2. Freebird – Lynyrd Skynyrd
3. Creep – Radiohead
4. A melhor coisa do mundo – Os outros
5. El Justiceiro – Os Mutantes
6. There's an End – Holly Golightly
7. Hotel California – Gypsy Kings
8. Space Oddity – David Bowie
9. Under my thumb – The Rolling Stones
10. You won’t see me – The Beatles
16.9.08
Just like girl
Bizarro, mas acho digno confessar. Eu andava de paquera com Dylan fazia tempo, sabe? Mesmo depois de todo over sixties durante a faculdade que resumiu, para mim, toda a cultura desta época como ressentida… De fato, estes hippies perdidos no tempo são um saco e não contribuem em nada. Mas ando numa fase de des-radicalizar opiniões e sou capaz, agora que também a faculdade e toda a ingenuidade estão longe, de apreciar melhor os frutos desse período e paquerar Bob Dylan.
Então normal que ao não encontrar I’m not there (Todd Haynes) na locadora, eu acabe caindo em Factory Girl (George Hickenlooper). E lá descobrir o herói com cavalo falando inglês, tal qual Chico dizia, na pele de Bob Dylan. Eu que em poemas já assimilava suas canções políticas fiquei mais atenta no seu lirismo e terminarei setembro na seguinte certeza: eu quero namorar Bob Dylan. E que se foda a tal da pop art, acho mais que o mundo e eu mesma estamos carentes de mitos ou gente que ao menos creia que possa fazer alguma coisa para mudar. O que? Sei lá! O importante é fazer a diferença. E que se foda tudo mais, quero mais minha ingenuidade de volta.
Quando caminho pelas ruas escutando Just like woman sinto uma euforia - que é a palavra que uso quando não consigo descrever um sentimento. Contei isso p’ruma amiga e ela riu e disse: “- aí Dani! Você é feliz!”. Gostei de escutar isso, mas não posso voltar atrás numa descoberta cruel: se todos meus problemas se resumissem em ser feliz ou triste minha vida estava feita! Porque tanto um quanto outro estado podem ser forjados e nem por isso serem menos autênticos ou dignos. E qual o meu problema? Eu sinceramente não sei. Mas caminhar com Bob Dylan me dá uma espécie de fé, do tipo “segue por aqui que você chegará em algum lugar”. Como já experimentei vários infernos, então só me resta curtir o caminhar ritmado por aquela gaitinha.
You make love just like a woman, yes, you do
Then you ache just like a woman
But you break just like a little girl.
25.8.08
Achei um passarinho!
Clique na capa e experimente!
Just you just me
Istanbul
Oho aha (italian)
Casanova (french)
El mosquito (spanish)
Ganz paris traeumt von der liebe (german)
Gespensterblues
The breeze and i (andalucia)
If hearts could talk
Temptation
This ecstasy
Jalousie
Fiesta cubana
Malaguena (spanish)
The way you love me
My lonely lover
Begin the beguine
Siboney
This must be wrong (oho aha)
21.7.08
Iniciada no Glam?
Porque num dos dias mais importantes da minha vida – posso dizer assim devido às revelações que se impuseram a mim – ele era a trilha sonora; porque estou com saudade do meu amigo Afrânio e das loucuras que jamais fiz; acho digno que a playlist deste mês seja DELE: David Bowie!
Toda vez que vou sugerir uma música aqui, dou uma voltinha na net. Aí descobri uma curiosidade digna de ser contada. Que aos quinze anos Bowie se meteu numa briga e seu olho esquerdo foi perfurado lhe comprometendo a visão. Ele tem a pupila esquerda sempre dilatada, não tem muita percepção de profundidade e vê tudo em tom amarronzado! A lenda não especifica se essa ferida foi feita por uma faca ou anel do garoto que lutou com ele. Mas achei que talvez possa ter alguma ligação, o jovem David Robert Jones, mais tarde, adotar seu nome artístico em homenagem ao herói de guerra estadunidense Jim Bowie, famoso por sua enorme faca.
Bom, mas isso é só uma informação inútil. Pra quem quiser se iniciar no gosto musical de Cristiane F. e entender como essa música faz Zachary pagar um mico diante de toda vizinhança no filme C.R.A.Z.Y., sugiro serem iniciados com:
1- Space Oddity*
2- The Man who Sold The World**
3- Heroes***
4- Under Pressure****
5- Life on Mars?
6- Starman*****
7- Ziggy Stardust
8- Suffragette City
9- Drive-In Sunday
10- Rebel Rebel
E não é uma boa idéia baixar toda a discografia do cara. Não é à toa que ele é chamado ‘camaleão do rock’. Como um empirista musical genuíno, ele fez muita coisa, inclusive muita experiência que, na minha opinião, não deu muito certo.
*Conta a história de um astronauta que se perde no espaço.
** Isso mesmo! Nirvana Unplugged.
*** Do segundo LP da fase Berlim, onde passou uma temporada morando e compondo com Iggy Pop. Imagina só!
****Com o Queen!
***** “A lua agora é um manto negro-ô-ô-ô!”
Sugestão de torrents: aqui
10.7.08
Seja uma Amélie!
-La Valse des Monstres (1995)
-Rue des Cascades (1996)
-Le Phare (1998)
-Tout est Calme (1999)
-Black Session (1999)
-Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain (trilha sonora) (2001)
-L'Absente (2001)
-C'était ici (2002)
-Good Bye Lenin! Original Soundtrack (2003)
-Yann Tiersen & Shannon Wright (2004)
-Les Retrouvailles (2005) - Colaborações: Stuart Staples (da banda Tindersticks) , Jane Birkin e Elizabeth Fraser (do grupo Cocteau Twins).
-On Tour (2006)
Torrents da discografia quase toda aqui!
*Entrevista pra Veja!
13.6.08
Une famille française
Uma das famílias mais queridas da França são os Gainsbourg (Pelo menos foi o que me disse Maxime, um amigo francês). O patriarca, Serge, anti-herói clássico, é famoso por seus excessos e taras sexuais. Mas, principalmente, ele marcou a história da música por seu ecletismo musical. Conheceu Bob Marley e sua mulher, Rita Marley, com quem gravou o disco Aux Armes Et Caetera, no qual fez uma versão reggae para a Marselhesa, o hino da França. Tal feito escandalizou toda a sociedade da época. Inclusive, com repressões públicas de sua execução em show pela polícia francesa. Não satisfeito, Gainsbourg arrematou os direitos do hino francês num leilão para calar a boca de todo mundo.
Sádico, misturava palavras, deixava mensagens subliminares que confundiam muita gente. Não poupou nem mesmo Rita, que cantou no back letras eróticas sem saber. Sua irreverência não pára por aí. Em sua biografia (tudo à disposição no Youtube) ele rasga dinheiro em programas de TV (uma pequena fortuna, diga-se de passagem), exacerba na sinceridade repleta de sadismo em entrevistas. E na canção Lemon Incest, canta com a filha Charlotte em uma cama. A partir de então, onde ele estava acompanhava o sinônimo tumulto. Gainsbourg, o cão marginal e escatológico, foi o Baudelaire de uma geração musical na França. Quando morreu, em 1991, com quase 63 anos, quase cego e com apenas um terço de seu fígado, multidões foram a sua casa deixar garrafas de Pastis e maços de Gitanes. Bandeiras foram hasteadas em todo país em sua homenagem por toda contribuição que este devasso deu à cultura francesa.
Sem dúvida, uma das maiores contribuições é sua filha Charlotte. Atriz e cantora, a menina traz também os genes da atriz e cantora Jane Birkin. Como atriz a cria de Serge e Jane atuou em mais de 20 filmes, entre eles 21 Gramas (Guillerma Arriaga e Alejandro Iñarritu) e The Science of Sleep (Michel Gondry). Esse negócio de atriz francesa que canta vocês já devem ter percebido que muito me agrada. A exemplo de Julie Delpy, este não é mais um caso de um rostinho bonito e famoso tentando fazer algo diferente. O som de Charlotte é bom mesmo. Difícil ser original com o peso de uma paternidade destas, mas ela persistiu. Tanto que depois das comparações com sua mãe após seu primeiro disco, Charlotte for Ever, a filha única do controvertido casal quase desistiu da carreira de cantora. Mas para nossa felicidade, especificamente meus passeios vespertinos, em 2006 lançou o 5:55, seu segundo álbum quebrando um silêncio de quase 20 anos. E como se não bastasse a própria música para te convencer a dar uma espiada no CD, saiba que sua produção é assinada por Nigel Godrich, que é ninguém mais, ninguém menos que o principal produtor do Radiohead e quase um sexto elemento do grupo britânico.
Jane Birkin ainda não tenho ao alcance dos meus ouvidos. Minha amiga, também cantora, Paloma, é que gosta. Numa destas coincidências que a gente não explica, há algum tempo quando eu ainda descobria Serge, vi alguma frase reverenciando a “cantriz” no MSN dela. Eu nem imaginava que se tratava da matriarca da família Gainsbourg. Aliás, eu nem pensava em uma família. Apenas estava intrigada com um tal francês irreverente.
Hoje, tudo que sei dessa união são algumas fofocas e lendas que deixam para bem longe o imaginário de uma típica família fracesa. Depois de estrelar com ninguém mais, ninguém menos que Antonioni, em Blow up, Jane vai para França filmar Slogan contracenar com um tal de Serge Gainsbourg. Apesar de ser um ídolo da juventude pop adolescente dos anos 60, na época, o já controverso cantor amargava uma dor de cotovelo por Brigitte Bardot. Jane, que mal falava francês, não sabia nada sobre sua co-estrela e pagou caro com a dor-de-cotovelo de Gainsbourg, que a tratava com tanta ignorância que a fez debulhar em lágrimas bem em frente às câmeras. Assim, teve início à mítica história de amor na Paris de 1969.
Os dois tornaram-se inseparáveis, virando uma lenda nos bares franceses underground com o cabelo contra o vento libertário pós-68. Jane somaria ingenuidade ao velho erotismo e o single de 1969, com a atemporal 69 année érotique, deixou a censura maluca. O disco vendeu um milhão de cópias em meses, o casal virou manchete em todas as revistas, ganhou muita atenção da mídia, enquanto se divertia.
Quando Charlotte nasceu em 1971, Jane deu uma pausa de dois anos. A carreira foi retomada em 1973 com Di Doo Dah, o primeiro álbum solo e em 1975 os turbulentos amantes estavam de volta com Je t'aime moi non plus, o filme. Nesse trabalho, Serge explora a temática homossexual, intensificada pela ambigüidade de sua musa andrógena.
Tá aqui o torrents para Serge, Jane e Charlotte.
Alabama State Route 227
1. O título desse verbete aleatório da Wikipedia será o nome da sua banda.
2. As quatro últimas palavras da última frase dessa página de citações formarão o nome do seu disco.
3. A terceira foto dessa página do Flickr será a capa do seu disco.
A minha foi essa.
Cara, perfeito para uma banda só de garotas‼! O nome do cd então? Super sugestivo. Mandem para mim suas capas de bandas imaginárias. As melhores eu publico aqui. Como fazer?
No blog do Thiago Leite ou no Recomendo, com cerveja
30.5.08
While my guitar gently weeps
Clique aqui e tire você mesmo suas conclusões. (vai ter que se registrar, mas não dói nada.
The Top of Rock:
1- "Johnny B. Goode" - Chuck Berry (1958)
2- "Purple haze" - The Jimi Hendrix Experience (1967)
3- "Crossroads" - Cream (1968)
4- "You really got me" - The Kinks (1964)
5- "Brown sugar" - The Rolling Stones (1971)
6- "Eruption" - Van Halen (1978)
7- "While my guitar gently weeps" - The Beatles (1968)
8- "Stairway to heaven" - Led Zeppelin (1971)
9- "Statesboro blues" - The Allman Brothers Band (1971)
10- "Smells like teen spirit" - Nirvana (1991)
11- "Whole lotta love" - Led Zeppelin (1969)
12- "Voodoo child (Slight return)" - The Jimi Hendrix Experience (1968)
13- "Layla" - Derek and the Dominos (1970)
14- "Born to run" - Bruce Springsteen (1975)
15- "My generation" - The Who (1965)
16- "Cowgirl in the Sand" - Neil Young with Crazy Horse (1969)
17- "Black Sabbath" - Black Sabbath (1970)
18- "Blitzkrieg Bop" - Ramones (1976)
19- "Purple Rain" - Prince and the Revolution (1984)
20- "People Get Ready" - The Impressions (1965)
Em 2004, Joel Perry, guitarrista do Aerosmith, disse à Stone: “If you want to play rock and roll, you have to start here”. O aqui referido é "Johnny B. Goode", de Chuck Berry e parece que a revista resolveu seguir à risca a lição de Perry plantando Berry lá no topo da lista. Unanimidade entre meus ídolos, achei a consagração póstuma justa. E mais justo ainda, o segundo lugar a Jimi Hendrix (Purple haze), que, aliás, ocupa mais uma posição entre os 20 com “Voodoo child”. Ah… Lembro do meu velho “walkman”! Almoçava, encontrava com mary num bom papo para fazer a digestão, e lá ia eu, em pleno sol de uma e meia da tarde, enlouquecendo com as experiências de Hendrix. Se a pilha acabasse, então eu não ia à aula. Verdade que parei de escutar Hendrix. Ele não sobreviveu às minhas mudanças. Mas sua música me enche de nostalgia… Ruas históricas, faculdade, loucuras e etc… “Smells like teen spirit” em décimo também muito me agradou. Diria que o Nirvana é o retrato da minha geração e esta letra e o que foi feito dela um exemplo vivo de nossos conflitos vividos naquela época. Meu namorado, quando Kurt morreu, ficou de luto. Na verdade, não por algo que estava vivo. Lembro que a sensação geral era a descoberta de estarmos mortos. Que horror! Época negra e pessimista, mas muito intensa. Por isso acho legal estar entre os 20 alguns ícones pop para que o instrumento guitarra não fique restringido somente a choros e protestos.
27.5.08
Diagnóstico musical: esquizofrenia melódica?
“Que tipo de som você escuta?” É o que uma pessoa interessante te pergunta quando quer saber o que há por trás dos seus “belos olhos azuis”. Ela quer sacar o seu a+ e saber se haverá uma segunda vez. Se for uma pessoa desinteressante, do tipo que tem medo de “se jogar” ou do tipo que está disposta a pré-julgamentos ignorando qualquer surpresa, ela perguntará o seu signo. Mas se ela falar em “signo solar” e perguntar o dia ou a hora que você nasceu, bom, então ela é astróloga mesmo, do tipo tarada pelo assunto… E se ela te dizer coisas totalmente inesperadas e que despertem um certo prazer em você, pois bem: ela é o amor da sua vida.
Mas fiquemos com os encontros eventuais, digo, pessoas simplesmente interessantes… Sempre me dou mal em responder essa pergunta, porque gosto de tanta coisa que pareço não ter muita personalidade. No meu Mp4, por exemplo, você encontra de Zé Kéti a Velvet Underground, de Edith Piaf a Moraes Moreira. Ou de Lester Young a Roberto Carlos (60’s e 70’s, óbvio). Me orgulho desta flexibilidade pop porque acho que é característico do meu jeito divertido de ver a vida. Amo coisas estranhas e que me fazem rir. E também fico fascinada por qualquer música que me leve aos mistérios mais íntimos da personalidade daquele que a executa. E a minha droga atual: tenho imenso prazer em observar as pequenas crônicas que se passam nas calçadas enquanto escuto outras de outros mundos e ritmadas dentro da minha cabeça, me dividindo, assim, em duas bandas desconexas. Então, resolvi fazer um diagnóstico musical de mim mesma. E aí, quando uma pessoa me perguntar “Que tipo de som você escuta?”, me ache apenas uma maluca. Que é bem melhor impressão do que “sem personalidade”.
Usei o seguinte diagnóstico. Peguei a minha playlist atual do Mp4 – a qual dediquei dois dias inteiros montando, peguei tudo que eu tinha de cd e coisas baixadas e selecionei as músicas que eu mais gostava de verdade. Depois usei um método mais pragmático, observei qual cantor, cantora ou banda (e etc), tinham mais músicas. Considerando que um artista (ou grupo de) que ultrapassa a margem de quatro discos bem sucedidos é sempre muito foda. Os primeiros lugares foram ocupados por eles. Depois considerei grupos, tipo gêneros, levando-se em consideração que ainda há muito que conhecer. Chega de explicar, vê se me entende.
1. Em primeiríssimo lugar, com 41 músicas imprescindíveis, revelando-me um ser mais óbvio do que eu poderia imaginar, Chico Buarque de Holanda. Sem contar mais músicas dele interpretadas por outros que entraram em outras pastas.
2. Na verdade, o segundo lugar me revela bem coerente, pois forma com o primeiro a dupla que me marcou a adolescência e se renova sempre em mim. Estou falando de Caetano Veloso, que tem apenas 27 músicas na minha playlist por pura incompetência de baixar sua discografia completa. Eu sei, Caetano fala muita merda. Mas estou falando de genialidade e não de comportamento.
3. Em terceiro lugar, o clássico do século XX: Beatles com 35 canções imprescindíveis, que poderiam ser 45, mas faltam alguns álbuns na minha “antologia”. (*)
4. Quebrando um pouco mais o ritmo da lista, vem o Pixies com 31 canções imprescindíveis. Tirei Where’s my mind e Here Comes Your Man porque me deram no saco, então poderia ser até 33 canções imprescindíveis.
5. Raspando no quarto lugar e empatando com The Smiths com 30 canções sem as quais eu não poderia viver vem Mutantes. Até agora acho que sou um tipo musical entre Tropicália e anos 80’s.
6. Com 28 pauleiras que eu amo está a dupla White Stripes. Não tô querendo modernizar, não. Há uma coerência pra isso também. Jack é uma enciclopédia do rock e Meg é apreciadora nata de MPB. Diz a lenda que, quando veio ao Brasil foi fuçar sebos em busca de vinis da Elis Regina. Eu não saco nada de música, não tenho ouvido pra técnica musical mas devo captar alguma coisa familiar neles, sei lá.
7. Depois vem Velvet Underground com 25 músicas. O que não significa que os Stripes são melhores, mas que o rock hoje em dia usa menos droga e sobrevive mais, faz mais discos. Lembrem-se, este diagnóstico é quantitativo e por isso há pequenas falhas.
8. Em oitavo lugar vem a senhorita Billie Holiday. Não posso precisar o número de canções cantadas por ela que fazem parte da minha playlist. Varia Sunny Holiday e Rainy Holiday, tenho uma discografia vasta. Uma mesma canção em várias versões, coisas deste tipo. Sei que pelo menos tem sempre umas 20 canções dela para onde quer que eu vá.
9. Eu poderia incluir na categoria gêneros a música francesa. Mas é algo tão novo na minha vida, não tem história. Bem mais significante e até quantitativo é o quesito samba. São mais ou menos 64 sambinhas prediletos sob batuta de Paulinho da Viola, Tereza Cristina, Velhas Guradas (mais um monte). Esse número aumentaria para muito mais se eu não tivesse criado a décima categoria…
10. …que é a categoria época de ouro da MPB: são mais ou menos 100 clássicos distribuídos entre Noel, Adoniram, Ari Barroso, Cartola, Caymi, Pixinguinha, Ataulfo, Nelson Cavaquinho, Dolores Duram, Geraldo Pereira, Zé Kéti, Wilson Batista, Assis Valente, Herivelton Martins, Monsueto, Luis Gonzaga e etc. Uma moçada com uma vida de dar inveja a qualquer porra-louca do rock. Embora outros nem tanto, o fato é que são em sua maioria injustiçados pela falta de memória nacional e uma pesquisa mais detalhada e particular de alguns destes seria por si só uma missão antropológica tamanha riqueza de suas obras. Por isso, por minha falta de conhecimento, resolvi englobá-los num grupo, pois vivo me surpreendendo vez ou outra com uma descoberta dessa época e os carrego sempre passear também.
Então, acho que um gatinho não vá me achar tão interessante. Eu mesma me achei bem óbvia e nada esquizofrênica musical. Acredito que este diagnóstico define meu tipo de gosto musical. Nada muito requintado, mas típico de quem ouve música com o coração. No mais, se quiser jogar 171, é só falar que gosto dos detalhes do meu MP4 e ser um tanto pedante. Mas na verdade, meu gosto musical tem sua especificidade aí em cima, como acabei de definir. A esquizofrenia entra mesmo na minha forma de escutar música.
(*) Não bateria o Chico porque, como eu disse, tem coisas dele espalhadas por todo lado. Como, por exemplo, a música “Atrás da porta” que é dele e a Elis Regina roubou com maestria.
26.5.08
Unanimidades que me causam náusea
25.5.08
Rolling Godard
22.5.08
Nouvelle veix
Hã? Escutei sua interjeição e vi suas rugas na testa. Ligar o nome de uma banda a Truffaut, Godard, Resnais, Chabrol, Rivette ou Rohmer, equivale a tentativa clara de abrir as portas da música francesa para todo o mundo, consolidando o papel definitivo do criador pop. Tentativa que se realiza com êxito pela mistura de linguagens e línguas. Nestas melodias o novo se dá pelo velho, a batida é novidade, é new wave com samba, eletrônico com punk, e etc. Joy Division, Depeche Mode, The Clash, The Cure, Dead Kennedys e The Undertones, tudo no mesmo caldeirão. Anos 70’s, 80’s e 90’s misturados na também nova bossa brasileira dos 50’s e 60’s. Seria pela influência de Eloisia, uma das vocalistas, que tem sangue tupi e é erradicada na França?
Sugiro “Just Can't Get Enough", do Depeche Mode, revisitado com sambão de Sapucaí e apito. Ou Billie Idol com sua clássica “Dancing with my self” com a voz suave de Phoebe persuadindo a solidão a desistir de te encher de autopiedade. Ou a excentricidade de Camille em “Guns of Brixton”, do The Clash. Você pensa: música, música, música, um baú de possibilidades para uma mente criativa.
Não deixemos de fora, apesar de nossas preferências, outras cantoras que participam da banda como Anaïs Croze, Mélanie Pain e Marina. Ou a arte de juntar gente boa de Marc Collin e Olivier Libaux. Nem todo o resto do repertório que pede uma saia rodada de bolinha, um all star e boas caminhadas por calçadas silenciadas pelo melhor da popicidade do século XX.
NOUVELLE VAGUE DISCOGRAFIA
Torrents Nouvelle Vague I
1. JOY DIVISION : Love will tear us apart (feat. Eloisia)
2. DEPECHE MODE : Just can’t get enough (feat. Eloisia)
3. TUXEDOMOON : In a manner of speaking (feat. Camille)
4. THE CLASH : Guns of Brixton (feat. Camille)
5. P.I.L. : (This is not a) love song (feat. Melanie Pain)
6. DEAD KENNEDYS : Too drunk to fuck (feat. Camille)
7. THE SISTERS OF MERCY : Marian (feat. Alex)
8. XTC : Making plans for Nigel (feat. Camille)
9. THE CURE : A forest (feat. Marina)
10. MODERN ENGLISH : I melt with you (feat. Silja)
11. THE UNDERTONES : Teenage Kicks (feat. Melanie Pain)
12. KILLING JOKE : Psyche (feat. Sir Alice)
13. THE SPECIALS : Friday night, saturday morning (feat. Daniella D’Ambrosio)
Torrents Bande a part
1. ECHO AND THE BUNNYMEN : killing moon (Melanie)
2. BUZZCOCKS : ever fallen in love (Melanie)
3. LORDS OF THE NEW CHURCH : dance with me (Melanie)
4. YAZOO : don't go (Gerald Toto)
5. BILLY IDOL : dancing with myself (Phoebe)
6. BLONDIE : heart of glass (Gerald Toto)
7. THE WAKE : o pamela (Marina)
8. NEW ORDER : blue Monday (Melanie )
9. THE CRAMPS : human fly (Phoebe )
10. BAUHAUS : bela lugosi's dead (Phoebe)
11. THE SOUND : escape myself (Phoebe)
12. HEAVEN 17 : let me go (Silja )
13. VISAGE : fade to grey (Marina)
14. BLANCMANGE : waves (Marina)
8.5.08
Playlist de maio (especial Beatles)
1. Black Bird (1968 – White Album)
2. Two of us (1970 – Let it be)
3. Something (1969 – Abbey Road)
4. I’ll be back (1964 – A Hard Day’s Night
5. With a Little Help for my Friend (1967 – Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band)
6. Eight Days week (1964 – Beatles for Sale)
7. You won’t see me (1965 – Rubber Soul)
8. I’m only sleeping (1966 – Revolver)
9. Drive My Car (1965 – Rubber Soul)
10. Penny Lane (1967 – Magical Mystery Tour)
*Referências retiradas da discografia inglesa.
** Difícil escolher apenas 10 músicas dos Beatles. Tarefa inglória.
4.5.08
Cinderela do soul: os Dap-Kings encaixam é na Sharon Jones
Enquanto vocês fazem suas apostas passemos então direto ao soul. Afinal, Amy já fez o suficiente para rechear a história da música com mais um disco que entrará para a lista dos 100 mais do século XXI. Back to Black (B2B) é tão bom que eu não preciso nem estar viva para ter certeza de sua consagração póstuma (porque este tipo de eternidade requer mortes e ressurreições). Mas o que sempre me fez admirar mais ainda Amy, além de seu penteado de ninho de rato, foi sua referência e re-atualização dos clássicos. ESPERA, estou falando do passado. Hoje, a inglesinha vai ter que dividir minha admiração com a Sharon Jones.
Explico: sempre me questionei sobre o que estava por trás de B2B e hoje descobri os Dap-Kings. Quem são? Ora, os oito rapazes que respondem à terceira pessoa do plural que sempre conjuga Sharon. Esta cantora fantástica tem uma série de recusas e frustrações em sua carreira, não pela voz que é MARAVILHOSA. Mas pela aparência e idade. "Ninguém me aceitava na indústria da música. Diziam que eu era muito negra, que eu era muito gorda... Diziam que eu era muito nova, que não era bonita o suficiente", relembra. "Aos 25 anos, me disseram que eu estava velha... Então fui fazer outras coisas."(*) Daí sua investida no ramo da “segurança pública”.
Contudo, para nosso desfrute e alegria, o ex-marido de Sharon levou-a ao Dap-Kings quinze anos depois, mais exatamente em 1996, e hoje ela está aqui no meu MP4 me enchendo de inspiração. Pois depois de Amy escutar sua música e tomar sua banda emprestada, chegou às seis milhões de cópias vendidas. E destes milhões de compradores e trilhões de baixadores de torrents boa parte deve ter tido a mesma curiosidade que eu e posto reparo nos Dap-Kings. Curiosidade satisfeita, eis que surge a feliz surpresa de nos encontrar com Sharon Jones.
Parei no “Naturally” (2005) e já estou apaixonada! Mas o bam bam bam deles é "100 Days, 100 Nights" (2007) , que ainda não escutei. E se depois disso tudo você não se convenceu a baixar. Deixo para vocês a própria Sharon mandando seu recado: "Fazemos soul music como era feita nos anos 60 e 70", diz Jones. "Hoje todo mundo usa equipamentos digitais, eletrônicos. Nós só usamos instrumentos analógicos. No estúdio, ainda gravamos em fita. Os instrumentos são gravados todos juntos, ao vivo. É a diferença. Esse tipo de música", ela continua, "apesar de antiga, ainda é importante. Não usamos sintetizadores, softwares, nada disso. E os mais jovens não entendem como conseguimos soar dessa maneira. Vamos continuar fazendo assim. Era como Otis Redding, Etta James, James Brown e todos os outros grandes faziam. Nós somos da velha-guarda."
Depois disso, nada de colocar Miss Jones no pedestal da coitadinha do soul, né? Coitadinho de quem não conhece, oras bolas! Experimente começar o dia com Fish in the Dish.
(*)Citações retiradas da Folha Online: Ilustrada.
Torrents Sharon Jones e Dap-Kings aqui
Torrents Back to Black aqui
2.5.08
Nina e Julie
Celine: Did you ever see Nina Simone in concert?
Jess: No, I never did. I can’t believe she’s gone.
Celine: I know, it’s so sad!
Ela lhe entrega uma xícara de chá.
Jess: Thanks
Celine: It’s hot. I saw her twice, in concert. She was so great! That’s one of my favorite songs of hers.
…I know where I’m going
…No more doubt or fear
…Found my way… click click click
She was so great! She was so funny in concert! She, she would… She would be right in the middle of a song and then… You know, stop and… and uh… walk from the piano all the way to the edge of the stage. Like really slowly…
Então de uma forma incrivelmente sex e charmosa ela imita a Nina…
And she’d start talking to someone in the audience… Oh, yeah, oh, uh! I love you to… And then she’d walk back, took her time, no hurry, you know. She had that… big cut ass… She would move… Whoo!
Celine então imita a Nina e também dança para Jess.
And then she would, uh… Go back to the piano, and play some more. And then she would, uh… I don’t know, just… Start another song, in the middle of another, you know, like… stop again… Like…
Jess ri, está encantado… Ela percebe e lhe dá a chance de voltar à vida real…
Celine: Baby, you are gonna miss that plane!
Jess: I know…
Para cantar o blues, a música do diabo, como dizia seu pai (um pastor metodista), Eunice Kathleen Waymon, escolheu Nina (“little one”) e Simone (em homenagem à atriz do cinema francês Simone Signoret). Isto e o fato dela ter morrido na França, leva-me a crer que ela era francófona, como eu. O que não significa exatamente nada em relação a sua música, mas ajuda para contribuir o clima nublado deste dia. O filme Before Sunset, continuação de Before Sunrise, é da mesma época da sua morte (2003). Acho que Nina adoraria ver Julie Delpy(atriz e cantora francesa) lhe prestando homenagem. E eu aqui, me revezando entre Julie e Nina.
Torrents para Nina: aqui
Torrents para Julie: aqui
30.4.08
Quando o pássaro não come o inseto acontece isso.
A partir de então, nada de pernilongos a zumbir no seu ouvido. Mp4 em punho e um pássaro e uma abelha farão maravilhas com seu humor. Como a música é californiana então é de The Bird and the Bee, mais especificamente que estou falando. O pássaro, Inara George e um piado daqueles suaves, quase rouco e com ares despretensiosos. A abelha, Greg Kurstin, que parece ser a cabeça da dupla. Dizem pela rede que suas influências são jazzísticas e tropicalistas. Eu não gosto de comparações e estou cansada dessa coisa do povo dizer que gosta de Clube da Esquina e Tropicalismo só para ser cool. Ainda que seja um fato, é uma chatice esse tipo de coisa! Prefiro dar o currículo de Kurstin como referência: trabalhou com Lily Allen (adorro!), Kylie Minogue (prefiro ignorar), Beck (ando esquecida dele) e Flaming Lips (não conheço). De Inara sabe-se que ela já havia gravado um disco, não sei mais nada.
Meus preferidos neste disco são: I hate camera, Again and again (o hit que vi na MTV) e Fucking Boyfriend… Preparedness é de fechar os olhos e ficar dançando no escuro do quarto, mas para andar nas ruas nada melhor que La La La, na qual a letra se identifica muito com meu momento:
Make yourself free, make yourself grow
Come on up into the attic - come and see the glow
A pretty idiot is kissing everyone she doesn't know
And the pigs are eating popcorn, selling tickets to the show.
Give yourself away, feel the wind blow
We're watching movies on the ceiling, all the artists we know
If there's someone you don't like you don't have to say hello
There's no reason you should leave
There's no reason you should go
Come on, come on
Come on, come on
Take yourself out, hit the tambourine
We have loaded up your eyes and fed you tangerines
If you open up your box you will find a time machine
If you try to find a scratch there'll be no signs of where you have been.
Give yourself up, make yourself sing
Don't tell us that you can't -
You need a sampling?Ouça você mesmo aqui